- junho 30, 2013
- por Qualit
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Se você está enfrentando este novo desafio de gerenciar funcionários de diferentes gerações dentro da mesma filosofia de gestão, você tem que se preparar e rapidamente. Esta nova geração, denominada geração Z, os nascidos digitais conforme esclarecido no livro “Born Digital” de John Palfrey, pensa, age e decide de maneira diferente em relação às gerações Y e X em que estamos habituados a lidar no dia a dia.
Existem inúmeras diferenças comportamentais e que precisam ser tratadas para o melhor engajamento dentro das organizações atualmente. Mas gostaria de chamar a atenção para a questão da comunicação empresarial, que sofrerá progressivamente uma transformação na maneira, na forma, e nos resultados práticos que teremos em um breve futuro.
Criados a partir do boom das Redes Sociais, esta nova geração não teve a oportunidade de ser aculturada ao uso do tradicional email. Nasceu e cresceu com o uso das Redes Sociais.
Pode-se considerar geração Z os jovens que estão iniciando suas atividades no mercado de trabalho. Quando chegam as empresas, são submetidos aos processos atuais de comunicação, onde tudo é novidade. Apresentações, reuniões, agenda, em um ritmo de trabalho que varia de empresa para empresa. E para a surpresa destes jovens, a comunicação não é nada instantânea, como fazem nos bate-papos das redes sociais em que convivem com amigos e a sociedade atualmente.
A primeira grande barreira é a questão da não compreensão do porque usar um email ao invés de um sistema de mensagens instantâneas, ou até de falar olho no olho com o colega que está a alguns metros de distância, assim como fazem nas suas vidas pessoais.
A geração Z traz uma mudança de comportamento nesta questão do tempo. Tudo passou a ser instantâneo e imediato. Os jovens não deixam recados de voz se o celular não atende, e também não ouvem recados gravados. Poucos têm o hábito de checar emails, entretanto, estão na maior parte do tempo conectados às Redes Sociais.
E porque não poderia ser assim também nas empresas? Com esta dúvida pairando na cabeça de gestores e executivos, começaram as experiências coorporativas de uso das redes sociais dentro das organizações. Após alguns anos de experiência a dúvida permanece. Muito dos empreendedores que experimentaram modelos de comunicação via redes sociais se arrependem, por não terem conseguido alcançar o resultado planejado. A maioria voltou atrás, desativando os sistemas de comunicação utilizados pelas Redes Sociais, questionando a validade das redes com o propósito de comunicação empresarial.
Outro aspecto relevante é disponibilizar ferramentas que antes de tudo possam não ferir as políticas e culturas organizacionais, respeitando-se a hierarquia existente, e também os aspectos de que exista uma forte atratividade para os públicos das gerações X, Y e Z. Quando se fala em X incluem-se também os chamados Baby Boomers que já se aculturaram há algumas décadas atrás com o comportamento da geração X.
Outra dificuldade enfrentada pelas empresas nos dias atuais está no descontrole do uso de emails. De um lado, vemos jovens desejando obter respostas instantâneas, enquanto que os aculturados em emails mantêm-se em seu ritmo de trabalho anterior, respondendo suas mensagens digitais conforme aparecem na caixa de entrada. Os e-mails hoje representam uma ameaça à comunicação das empresas, muitas vezes ampliando ruídos desnecessários e demandando um tempo precioso na leitura e resposta da correspondência eletrônica.
Devemos estabelecer um processo novo dentro das organizações, permitindo que todos tenham acesso a um modelo de comunicação simplificado, que reúna as opções de mensagens instantâneas e rápidas seja um a um, ou a grupos, evitando assim o uso de emails. Para informações relevantes que façam parte do ativo da empresa, tais como, comunicados, procedimentos, descrições de funções, planos, campanhas, dentre outros, poder-se-ia utilizar de uma nova maneira de gestão, substituindo também o antigo conceito de simplesmente armazenar documentos. E a questão da colaboração que tanto se fala atualmente, pode ser corretamente orquestrada, desde que fique restrita a grupos de trabalhos com os mesmos propósitos.
Inevitavelmente, as empresas terão de se adequar às mudanças para atender as exigências e padrões de comportamento das três diferentes gerações. Ou então, encontrarão dificuldades enormes nos próximos anos, quando os futuros líderes empresariais serão compostos por representantes da geração Z, e novas formas de diálogo serão substituídos aos atuais sistemas de comunicação dentro das companhias. Por isso, preparem-se.
*Julio Augusto Vidotti CEO da NewAgent, empresa desenvolvedora de plataforma de Comunicação Empresarial, desenvolveu carreira na IBM, foi fundador da BPsolutions, é Alumni AMP da Harvard Business School, e membro do HBS Alumni Angels Club Brazil.
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