- abril 25, 2019
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Sustentabilidade é palavra de ordem no mundo inteiro. E investir em construções sustentáveis é mostrar respeito ao meio ambiente, economizando recursos naturais e apostando também no retorno financeiro que essas edificações trazem. Esse novo mercado traz o respaldo da Agência Internacional de Energia (AIE), que põe a indústria da construção como responsável pelo consumo de quase metade de toda a energia produzida no mundo. No Brasil, dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) apontam que as edificações consomem cerca de 50% da energia elétrica do país.
Serapião Bispo, diretor de Ciência e Tecnologia do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/PE) diz que o cenário da sustentabilidade é positivo no Estado, mas ainda precisamos avançar muito no conceito, nas boas práticas, nos projetos e no entendimento da importância da eficiência em todas as áreas de uma empresa. “A disseminação da informação é a nossa bandeira, em todas as ações do Sindicato, pois com o conhecimento e capacitação as empresas cada vez mais atingirão o status mais avançado da sustentabilidade”, pontua.
Diante desse cenário, recursos e materiais que gerem eficiência energética são valorizados por certificações de sustentabilidade como o GBC Brasil Casa, concedido pelo Greenbuilding Council Brasil e pelo Selo Procel Edificações. Isso vai além dos jardins verticais e sistemas para reúso de água: obter um selo sustentável passa também pela escolha dos vidros.
Cada vez mais presentes em janelas, portas e fachadas de casas brasileiras, os vidros de proteção solar para residências propiciam bem-estar por meio da redução de entrada de calor sem bloquear a luz, sendo essenciais em projetos que buscam selos verdes e recebem, por isso, uma pontuação especial. A aplicação desse tipo de produto gera maior aproveitamento da luminosidade, reduzindo o consumo do ar-condicionado e de luz artificial em até 30%.
Um dos cases a serem citados é a Casa Onda, localizada na cidade de Castro, no Paraná (PR). A obra é uma residência que tem como conceito um projeto arquitetônico com consciência sustentável em todas as suas fases de construção. O nome foi escolhido em decorrência do telhado curvo remetendo a uma onda, resultando em um formato orgânico que busca maior interação com o meio ambiente.
O projeto, assinado pela arquiteta Monica Menarim Requião, do escritório Menarim Arquitetura, foi o primeiro do estado do Paraná a receber a certificação GBC Brasil Casa, que comprova o projeto como uma obra sustentável. Vale ressaltar que somente oito edificações brasileiras foram premiadas com essa certificação e apenas uma está localizada na região sul do país.
Autossustentável
Para se tornar uma residência de 580 m² autossustentável e energicamente mais produtiva, diversos materiais tiveram a sua contribuição, como aço, madeira plástica, materiais de reuso, materiais certificados ambientalmente, lâmpadas e luminárias eficientes, entre outros. Porém, o vidro afirmou um papel de protagonista na construção.
A redução de entrada de calor no ambiente chegou a mais de 50% e a economia de energia foi em torno de 30%. Durante o processo de execução da obra, 100% do lixo gerado foram desviados de aterros sanitários. Além disso, a residência utiliza também água pluvial para limpeza externa, irrigação de jardim e vasos sanitários.
A região Centro-Oeste também recebeu a primeira residência certificada com selo de sustentabilidade. Localizada em um condomínio fechado de alto padrão em Sinop, no Mato Grosso, a Casa Azul foi premiada com o Selo Procel. O projeto arquitetônico foi assinado por Carol Barreto, especialista em edificações sustentáveis.
O produto beneficiou a edificação ao barrar 40% do calor externo em relação ao ambiente interno. Esteticamente, a tonalidade escolhida combinou com as esquadrias de alumínio com acabamento amadeirado, mantendo o padrão de sofisticação arquitetônico da casa. Além disso, a versão refletiva do produto ofereceu mais estilo ao envidraçamento e privacidade, limitando a visão do interior da edificação durante o dia.
O Selo Procel Edificações, também conhecido como Selo Procel é outorgado pela Eletrobras e pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), tendo como objetivo a identificação das edificações que apresentam as melhores classificações de eficiência energética. Para obtenção do Selo Procel Edificações é necessário primeiramente obter a Etiqueta PBE Edifica, classe A, que avalia a envoltória, sistema de iluminação e sistema de condicionamento de ar das construções.
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