Resíduos sólidos da construção civil de acordo com a classificação. - QUALIT

A construção civil é uma fonte de desafios para a gestão ambiental e urbana, com as cidades crescendo cada vez mais e a indústria da construção se expandindo rapidamente a quantidade de resíduos gerados só aumenta. É preciso adotar medidas eficazes para classificar, lidar e destinar esses resíduos de forma correta. A sustentabilidade do nosso planeta depende disso. Hoje vamos apresentar soluções inovadoras e criativas para esse problema que afeta a todos nós.

Na construção civil, os resíduos sólidos são como peças de um quebra-cabeça, cada um tem sua origem e natureza, o que facilita o processo de gestão e reciclagem. É como se cada pedacinho tivesse sua própria história, prontos para serem reutilizados e transformados em algo novo, as principais categorias de resíduos incluem:

Resíduos Classe A: São os resíduos que são tão inertes que não sofrem alterações físicas, químicas ou biológicas que possam torná-los perigosos ou prejudiciais ao meio ambiente, estamos falando de materiais como concreto, tijolos, argamassa, cerâmica, entre outros. O interessante é que esses materiais podem ser reciclados e reutilizados na própria construção civil ou em outras aplicações, como base para pavimentação e reaterros.

• Os descartes de argamassa e revestimentos cerâmicos podem ser triturados e readmitidos na produção de novos materiais de revestimento, como argamassas colantes e rejuntamentos.
• O concreto proveniente de demolições ou sobras de obras pode ser britado e transformado em agregado reciclado. Esse agregado pode ser utilizado na fabricação de novos concretos, blocos de concreto e pavimentos intertravados (que são aqueles blocos a base de concreto que servem como pavimento).

Resíduos Classe B: Também não são inertes, por exemplo, madeira, metais, plásticos, papelão, gesso, entre outros. Embora não apresentem riscos imediatos à saúde ou ao meio ambiente, requerem tratamento adequado antes da disposição final, visando à redução de impactos ambientais, algumas medidas podem ser aplicadas para essa classe:

• A madeira proveniente de paletes, embalagens, andaimes ou demolições pode ser triturada e transformada em serragem. Esses resíduos podem ser utilizados na produção de aglomerados de madeira e painéis de MDF.
• Metais como aço, ferro, alumínio e cobre podem ser reciclados indefinidamente sem perder suas propriedades físicas, salvo se houver grande presença de corrosão. Eles podem ser fundidos e transformados em novos produtos, reduzindo a necessidade de mineração de minérios virgens e economizando energia.
• Reciclagem de Plásticos: Plásticos como polietileno, polipropileno  e policloreto de vinila (PVC) podem ser triturados, e posteriormente podem ser utilizados na fabricação de novos produtos plásticos, como tubos, perfis, móveis e embalagens.

Resíduos Classe C: Esses materiais apresentam características que os tornam uma verdadeira ameaça, como inflamabilidade, corrosividade, toxicidade e patogenicidade. Estamos falando de tintas, solventes, óleos, produtos químicos, amianto e outros elementos que podem trazer sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana. O manuseio e a disposição desses resíduos exigem cuidados especiais e precisam seguir normas rigorosas de segurança e controle ambiental. É fundamental contar com profissionais especializados para lidar com esses materiais de forma adequada, garantindo que não causem danos irreparáveis ao nosso planeta.

Resíduos Classe D: Essa categoria de resíduos com grande risco, com características da radioatividade, sendo gerados em atividades de pesquisa, medicina nuclear e indústria nuclear. Eles são tão perigosos que exigem cuidados extremos em todas as etapas de manipulação, transporte e armazenamento, seguindo regulamentações específicas de segurança radiológica.

A redução na origem, a reutilização de materiais, a reciclagem e a correta destinação final são pilares fundamentais nesse processo. A conscientização e a colaboração de todos os envolvidos na cadeia produtiva da construção civil, desde os projetistas até os operários da obra, são essenciais para fomentar práticas sustentáveis e minimizar o impacto ambiental dos resíduos sólidos. Os órgãos municipais são agentes decisivos na operação final de descarte, cada município tem um plano específico, vamos apresentar em breve o da cidade do Recife.

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