- abril 4, 2019
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Até 2020, todas as novas residências do estado da Califórnia (EUA) terão que incorporar a tecnologia da fonte solar fotovoltaica em seus projetos. Para os prédios comerciais, a medida começa a valer a partir de 2030. Considerada um marco para o setor, ela deve inspirar mudanças aqui no Brasil.
O tema vem sendo pautado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR. O presidente Ronaldo Koloszuk diz que o Brasil está atrasado em pelo menos 15 anos no desenvolvimento dessa tecnologia. Para vencer esse atraso, é preciso uma política para o setor, com práticas internacionais sendo adotadas, promovendo o uso sustentável da energia solar fotovoltaica em todas as regiões do país.
A meta é atingir pelo menos 30 Gigawatts (GW) da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira até 2030. É um modo de incluir a fonte como ferramenta estratégica para o desenvolvimento do País.
Voltando ao exemplo da Califórnia, lá o governo implantou lei estadual estabelecendo estabeleceu que, a partir de 2045, 100% da energia elétrica consumida na região deverá ser proveniente de fontes limpas e não-emissoras de gases de efeito estufa, como a solar fotovoltaica.
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Atualmente no Brasil
O Brasil ainda precisa caminhar bastante para alçar voos maiores, mas precisa começar a rever posições e ações estratégicas. Atualmente estamos entre os dez principais países do mundo na produção de energia elétrica a partir das fontes hídrica (2º lugar), biomassa (4º lugar) e eólica (8º lugar). Na fonte solar fotovoltaica estamos na 30º posição.
Entre as melhorias que poderemos conseguir, estão: benefícios sociais, econômicos, ambientais, energéticos e estratégicos. Além disso, estaríamos alinhados ao desenvolvimento sustentável e com mais empregos renováveis.
No Recife, Érico Ferraz, diretor da Centrex – especializada em energias renováveis – diz que faltam leis e posição política para ajudar a impulsionar esse mercado no país. “Vemos com bons olhos a energia fotovoltaica. Mas apesar do Nordeste ser a região com maior índice de insolação, ainda há um porém: tem muita gente tentando entrar no setor sem o devido conhecimento do trabalho. Precisamos, além de incentivos fiscais, de mão de obra especializada, mais capacitada”, pontua.
Além disso, ele reforça que o imediatismo brasileiro também tem sido um entrave para que a energia fotovoltaica ganhe espaço. “Esse sistema traz um retorno do investimento em média de cinco a 10 anos. No Brasil, as pessoas tendem a querer rapidamente de volta o que foi investido e não querem esperar, por ver como muito distante esse retorno”, conta.
Entre os pontos que poderiam ajudar a abrir mais caminho para a energia fotovoltaica, Ferraz cita como fundamental a redução de impostos sobre os equipamentos. Isso, segundo ele, reduziria o preço unitário e permitiria que as pessoas pudessem instalar o sistema em casa. “Quem muito se beneficiaria seriam os moradores das áreas rurais”, pontua.
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